Prefeitura prossegue com mapeamento de comunidades tradicionais indígenas em Macaíba
Nesta quarta-feira (28/05), a Prefeitura de Macaíba, mediante a Secretaria Municipal de Igualdade Racial, Direitos Humanos e Cidadania deu sequência às atividades para mobilizar e mapear comunidades tradicionais indígenas locais. O objetivo principal é resgatar as vivências indígenas, planejar ações e fortalecer a identidade indígena nessas comunidades. Ontem, foi a vez de Retiro, localizada na região da Reta Tabajara. Com a autodeclaração dos moradores e o consequente reconhecimento oficial por parte de órgãos governamentais, as comunidades e os povos remanescentes de indígenas em nossa cidade poderão usufruir de todos os direitos constitucionais e governamentais que lhes são conferidos por legislação.
Na oportunidade, houve uma roda de conversa com o secretário Cícero Militão, professores, historiadores e moradores da região acerca da temática, seguida por uma oficina de confecção de brinquedos indígenas. Essa oficina foi ministrada pelos professores Lerson Maia (mestre pela UNIMEP/SP) e Marcos Vinicius (pós-doutor pela UFRN) e pela representante do Museu do Brinquedo Popular, Luzia França.
Após a atividade, Cícero Militão explicou: “A Secretaria se propôs a fazer esse levantamento de informações para a detecção das comunidades indígenas de Macaíba, a exemplo do que já é o Tapará, Lagoa do Mato e Ladeira Grande. Nós acreditamos não existem apenas três comunidades, pois a presença em Macaíba pode ser ainda muito maior. Por isso, estamos visitando mais comunidades nessas proximidades do Tapará, já que existem informações dos mais antigos de que essas comunidades eram habitadas por indígenas. Nesse primeiro momento, estamos dialogando e ouvindo para pegar todas essas informações e, num segundo momento, estabelecer a pesquisa de caráter científico a partir da oralidade”.
“Estou para dar apoio ao pessoal da Secretaria. Esse processo funciona assim: até chegar à FUNAI (Fundação Nacional dos Povos Indígenas), a comunidade precisa se organizar a partir de suas memórias ancestrais em busca de sua identidade. A partir dessa organização, é possível colher e documentar depoimentos que reforcem a pretensão da população. Depois, é feito um cadastramento pela comunidade, e a comunidade deve procurar a FUNAI com a lista das pessoas cadastradas para conseguir o laudo antropológico. Futuramente, pode ser feita a demarcação do território.”, relatou Alcides Sales, pertencente ao movimento indígena do RN.
Fotos: Rodrigo Galvão
Fonte Secom-PMM




