Plano para recuperar Cidade Alta inclui novos negócios e moradias
Em um dos pontos mais tradicionais de Natal, a Avenida Rio Branco, no coração da Cidade Alta, o comércio vive dificuldades diante de um cenário de lojas fechadas, insegurança e falta de incentivo, relatam vendedores e consumidores. Atualmente, 25 prédios estão desocupados na avenida. Enquanto comerciantes cobram medidas efetivas, a Prefeitura do Natal diz estar debruçada sobre o tema e promete um conjunto de ações que envolvem restauro do sítio histórico, incentivos para a vinda de novos negócios e implantação de moradias.
Na tentativa de reaquecer o comércio local, a prefeitura já realiza obras de urbanização que estão em andamento na avenida Rio Branco e nas ruas João Pessoa e Coronel Cascudo. Além disso, o prefeito Paulinho Freire determinou a articulação de secretarias para planejarem e viabilizarem um conjunto de ações que apontam para a revitalização do centro da capital.
“Garanto que não será mais do mesmo. Teremos novidades que serão apresentadas oportunamente, pelo prefeito, como uma estratégia ampla que envolve obras de urbanização e restauro do sítio histórico; incentivos para vinda de negócios de diversos setores – comércio, serviços de tecnologia e inovação (startups); retrofit em prédios para implantação de moradias do Minha Casa Minha Vida, incentivos à construção civil para implantação de novos condomínios, obras de drenagem em alguns pontos que ocorrem alagamentos entre outras iniciativas”, disse a prefeitura por meio de nota, acrescentando que a gestão tem estudado cases de outros locais como Recife, centro de São Paulo, São Cristóvão, no Rio de Janeiro, entre outros.
“As pessoas vão aos outlets nas grandes cidades, muito usados nos Estados Unidos, atraídas por melhores preços. Ficam distantes, às vezes fora da cidade, mas vivem lotados. Então essa é uma medida que pode e deve, sim, ser adotada em casos como o de Cidade Alta. Agora, medida tributária no comércio é da alçada do governo do estado que é quem tributa mercadorias com o ICMS. Não depende da prefeitura”, diz a nota.
O tema foi tratado pelo prefeito Paulinho Freire em sua ida a Brasília há duas semanas. Ele conversou com a vice-presidente de Habitação da Caixa Econômica, Inês Magalhães, que está orientando uma série de medidas para o centro da cidade, com base em experiências exitosas. A ideia principal é criar um mix de comércio, moradias e serviços, além de atividades públicas que gerem fluxo de pessoas.
“Também temos tido reuniões com o SPU, o Serviço de Patrimônio da União, que está se dispondo a ceder imóveis da União que estão em desuso, para que possamos construir ou restaurar para aproveitamento com diversas finalidades”, acrescenta o texto enviado pela prefeitura.
“Tudo está sendo feito, planejado e programado para termos uma ação ampla, efetiva e duradoura para a elevação da importância dessas áreas que são de grande relevância para a cidade, inclusive por sua excelente localização e infraestrutura já disponível, de forma que possam ter atividade – e ter vida econômica, cultural, urbana e social”, finaliza a nota. A prefeitura, no entanto, não fixou um prazo para apresentação das medidas.
Fonte Tribuna do Norte