Styvenson cogita deixar a política em 2026: “Talvez eu abra um restaurante”
Em live transmitida em suas redes sociais, o senador Styvenson Valentim (PSDB) sugeriu que pode não concorrer às eleições de 2026 e revelou o desejo de seguir um novo caminho profissional ao final do mandato. Enquanto preparava uma galinhada em casa, ele comentou que, caso sua trajetória política se encerre, pretende abrir um restaurante: “Se tudo der muito certo na minha vida, concluir o mandato, daqui a uns dois anos, um ano e meio, acho que vou abrir um restaurante e fazer comida”.
Ele afirmou que tem se esforçado diariamente para cumprir suas funções como senador e que, ao concluir seu mandato, poderia dedicar-se a uma nova atividade. A transmissão, além de trazer essa reflexão sobre o futuro, também abordou questões políticas e econômicas, incluindo declarações recentes de José Sarney (MDB) sobre o presidente Lula (PT), o histórico de votações do próprio Styvenson no Senado e sua decisão de não enviar mais emendas ao governo estadual.

Senador Styvenson Valentim. Foto: José Aldenir/Agora RN
Ao comentar uma matéria do jornal O Globo, Styvenson fez críticas a Sarney, a quem chamou de “oligarca do Maranhão”, e questionou seu histórico político. Ele lembrou do período de hiperinflação na época do governo Sarney e fez um paralelo com a situação econômica atual, sugerindo que os problemas de preços altos e remarcações podem estar retornando.
“Eu era criança, mas lembro do que era a inflação porque tinha que ficar na fila para pegar frango, carne, leite, tudo. Era fila para tudo, remarcação de preço toda hora. E agora, parece que as máquinas de remarcar preço estão voltando”, afirmou. O senador também ironizou a fala de Sarney de que um político deve sair da vida pública “muito bem antes de ficar velho”, questionando se ele se referia à idade, às condições físicas ou ao estilo de fazer política.
Styvenson: “Votei 80% com Bolsonaro e 60% com Lula”
Styvenson também comentou sobre seu posicionamento no Senado, dizendo que votou 80% das vezes com o governo de Jair Bolsonaro (PL) e cerca de 60% com o governo Lula. Segundo ele, seu critério de votação é o benefício para o país e não a preferência partidária.
“Eu voto pelo Brasil. Se é presidente A ou B, eu tenho que ter a postura de parlamentar e compreender o que o país precisa”, declarou. No entanto, sugeriu que sua confiança no atual governo pode estar se esgotando, assim como, segundo ele, a da população e até mesmo a de Sarney. “Parece que a confiança já acabou, né? Do povo e, pelo visto, do Sarney também”, afirmou.
Styvenson: “Não mando mais dinheiro para Fátima”
Outro ponto abordado foi sua decisão de não destinar mais emendas parlamentares para o governo estadual enquanto Fátima Bezerra ou qualquer aliado dela estiver no comando. Ele afirmou que sua decisão se baseia na falta de transparência e na má gestão dos recursos. “Eu não mando mais dinheiro para o governo do Estado. Não mando mesmo. Enquanto Fátima estiver no governo ou qualquer cria dela, eu não mando, porque eu não sou louco de jogar dinheiro no buraco sem fundo”, disse.
Entre os exemplos citados, mencionou R$ 250 mil enviados para a compra de tablets para escolas e R$ 12 milhões destinados ao Hospital Tarcísio Maia, que, segundo ele, não tiveram a destinação correta. O senador declarou que pretende visitar o hospital para verificar pessoalmente se os equipamentos adquiridos com suas emendas estão realmente em uso. “Quero ver os equipamentos funcionando, tudinho. Quero ver quem está mentindo agora”.
Styvenson também direcionou críticas à imprensa, acusando parte da mídia de ser conivente com irregularidades e de atacá-lo por seu perfil fiscalizador. Ele insinuou que alguns jornalistas podem ter interesses financeiros em suas matérias e afirmou que certos profissionais que passaram pela política já se envolveram em corrupção. “Tem jornalista que pelo amor de Cristo é uma vergonha para o jornalismo. Tem gente que tem mais caráter do que certas pessoas que vivem de falar besteira”.
A live terminou com Styvenson reafirmando seu desejo de concluir seu mandato com integridade e, em seguida, considerar novos rumos, inclusive fora da política. Ele reforçou que, caso não siga na vida pública, poderá abrir um restaurante e se dedicar à culinária. “Se eu abrir um restaurante, pelo menos eu sei que o tempero vai ser honesto”.

Fonte Agora RN