Esporte

Médico de campo da Conmebol detalha como foi atendimento a Juan Izquierdo no Morumbis

O relógio marcava 20h45. Em campo, 39 minutos do segundo tempo. Na última quinta-feira, durante confronto entre São Paulo e Nacional pelas oitavas de final da Libertadores, no Morumbis, o zagueiro Juan Izquierdo dá alguns passos cambaleando até cair no gramado, próximo ao meio campo.

O juiz faz um gesto com os braços cruzados chamando atendimento médico, e a ambulância do estádio entra no gramado em poucos segundos, tudo dentro de um protocolo médico rigorosamente treinado.

Alguns pontos do primeiro atendimento revelam a complexidade do caso, como nos conta em entrevista exclusiva ao ge o médico André Pedrinelli, que estava trabalhando no jogo como o oficial médico de campo da Conmebol. Juan Izquierdo teve a morte confirmada na última terça-feira.

Um dos maiores problemas foi justamente a forma e o momento em que ocorreu o lance de Juan.

– No momento da queda do Izquierdo, um jogador do São Paulo recebia atendimento na lateral, e a imagem que recebemos no tablet no momento, não focou o momento exato da sua queda.

– Essa imagem que recebemos no tablet tem três segundos de delay, que é para termos a oportunidade de rever um lance no aparelho o mais rápido possível. No dia do jogo havia cinco médicos no campo. Além do pessoal do Nacional, havia o colega médico do São Paulo e o emergencista da ambulância. O responsável pelo primeiro atendimento é sempre o corpo médico do clube, no caso do Juan, o Nacional. Mesmo com tantos profissionais, as decisões não são fáceis, comunicação rápida e contínua, treinamento constante e coordenação, são fundamentais nestes casos – comentou Pedrinelli.

Fonte GE