Veja perfis dos potiguares que estarão nos Jogos Paralímpicos de Paris 2024

Doze atletas potiguares vão disputar os Jogos Paralímpicos de Paris 2024 a partir do dia 28 de agosto. Thalita Simplício (atletismo) e Cecília Araújo (natação) estão entre os destaques e vão em busca do primeiro ouro paralímpico. Arthur Silva (judô) também aparece como favorito. A lista ainda tem as estreantes Maria Clara Augusto, Clara Daniele e Maria Rizonaide (veja abaixo todos os nomes).

Confira a lista dos 12 atletas:

• Clara Daniele Barros da Silva (Adevirn) – atletismo
• Jardenia Felix Barbosa da Silva (Instituto Athlon) – atletismo
• Maria Clara Augusto da Silva (Aparn) – atletismo
• Thalita Vitória Simplício da Silva (Adevirn) – atletismo
• Iuri Tauan Saraiva da Silva (Aparn) – bocha
• Arthur Cavalcante da Silva (Icemat) – judô
• Rosicleide Silva de Andrade (Adevirn) – judô
• Maria Rizonaide da Silva (Sadef) – halterofilismo
• Geovana Clara Costa de Moura (Adevirn) – goalball
• Romário Diego Marques (Instituto Athlon) – goalball
• Adriana Gomes de Azevedo (C. R. Curitiba) – canoagem
• Cecília Kethlen Jerônimo de Araújo (A.A..F. Botucatu) – natação

Confira os perfis dos atletas:

Clara Daniele Barros da Silva

• Nascimento: 19/01/1998, Natal (RN)
• Classe: T12
• História: Teve diagnosticado um glaucoma congênito no olho direito. Começou a praticar esporte aos 12 anos, na modalidade do karatê, juntamente com a velocista Thalita Simplício (ambas se conheceram no Instituto de Educação e Reabilitação de Cegos de Natal). Seu início no esporte paralímpico foi no goalball, o qual praticou por sete anos por uma nova associação da sua cidade. Migrou para o atletismo em 2019 após alguns meses ter participado do judô.

• Nascimento: 09/09/2003, Natal (RN)
• Classe: T20
• História: Jardênia tem deficiência intelectual. Competia no atletismo convencional em 2016 e, em 2017, migrou para o paralímpico após um técnico observá-la e identificar alguns sinais da deficiência.
• Principais conquistas: Bronze no salto em distância no Mundial Paris 2023; bronze nos 400m nos Jogos Paralímpicos de Tóquio 2020; bronze nos 100m e 200m no INAS Global Games 2019.

Maria Clara Augusto da Silva

Maria Clara Augusto disputa primeira Paralimpíada — Foto: Divulgação

• Nascimento: 05/06/2004, São Paulo do Potengi (RN)
• Classe: T47
• História: Maria Clara tem má-formação congênita no braço esquerdo, abaixo do cotovelo. Começou a praticar atletismo em um projeto da cidade onde morava, aos 11 anos. No ano seguinte, conheceu o esporte paralímpico após ser convidada para a seletiva das Paralimpíadas Escolares.
• Principais conquistas: Prata nos 400m nos Jogos Parapan-Americanos de Santiago 2023; bronze nos 400m no Mundial Paris 2023; ouro nos 100m no Open Internacional de atletismo 2023 e ouro no salto em distância, revezamento e prata nos 200m no Mundial de Jovens de atletismo em Nottwil 2019.

Thalita Vitória Simplício da Silva

Thalita Simplício busca primeiro ouro paralímpico ao lado do atleta-guia Felipe Veloso — Foto: Alessandra Cabral/CPB

• Nascimento: 20/08/1997, Natal (RN)
• Classe: T11
• História: Thalita nasceu com glaucoma. Era baixa visão, mas, aos 12 anos, tornou-se totalmente cega. Ela sempre praticou esportes: natação, karatê e goalball. Começou no atletismo aos 15 anos em um projeto do CPB.
• Principais conquistas: Ouro nos 400m e prata nos 200m no Mundial de Kobe 2024; ouro nos 400m e prata nos 200m nos Jogos Parapan-Americanos de Santiago 2023; ouro nos 400m e bronze nos 100m e 200m no Mundial Paris 2023; prata nos 400m e nos 200m nos Jogos Paralímpicos de Tóquio 2020; ouro nos 400m e prata nos 200m no Mundial Dubai 2019; prata nos 100m e nos 200m no Parapan de Lima 2019; prata no revezamento 4x100m nos Jogos do Rio 2016; bronze nos 400m no Mundial Doha 2015; prata no salto, nos 200m e nos 400m no Parapan de Toronto 2015.

Iuri Tauan Saraiva da Silva

Iuri Tauan participa de primeira Paralimpíada — Foto: Saulo Cruz

• Nascimento: 30/05/2003, Parnamirim (RN)
• Classe: BC2
• História: Iuri tem paralisia cerebral. Começou na bocha depois de um convite de um professor feito na época que fazia natação. Iuri foi revelado nas Paralimpíadas Escolares do CPB, da qual participou das edições de 2015 a 2019.
• Principais conquistas: Ouro por equipes BC1/ BC2 nos Jogos Parapan-Americanos de Santiago 2023; bronze por equipes na Copa do Mundo no Rio de Janeiro 2022; ouro por equipes e bronze no individual na Copa América de 2021; prata na Copa do Mundo em Portugal 2022; e bronze no Challenger de Roma 2022.

Arthur Cavalcante da Silva

Arthur Silva vai em busca de medalha em Paris — Foto: Alessandra Cabral/CPB

• 
  Nascimento: 11/03/1992, Natal (RN)
• Classe: J1
• Categoria: Até 90kg
• História: Arthur teve retinose pigmentar e começou a perder a visão aos 2 anos. Aos 18, ficou cego. Antes disso, na adolescência, quando não conseguia mais jogar futebol ou andar de bicicleta por causa da cegueira, começou a treinar judô. Gostou da modalidade e passou a se dedicar somente a ela.
• Principais conquistas: Prata na categoria até 90kg nos Jogos Parapan-Americanos de Santiago 2023; prata nos Jogos Mundiais da IBSA 2023; bronze no Mundial de Baku 2022; prata no Parapan de Lima 2019; ouro no Campeonato das Américas 2018 no Canadá e no Campeonato das Américas 2017 em São Paulo; bronze no Parapan de Toronto 2015.

Rosicleide Silva de Andrade

• Nascimento: 26/07/1997, Natal (RN)
• Classe: J1
• Categoria: Até 48kg
• História: Rosicleide tem retinopatia em decorrência da prematuridade, nasceu com seis meses pesando 900 gramas. Passou nove anos praticando balé e, depois, ingressou no karatê. A impossibilidade de participar de combates a fez procurar o judô, em 2014. Passou a integrar a Seleção adulta em 2022.
• Principais conquistas: Ouro nos Jogos Parapan-Americanos de Santiago 2023; ouro no Pan-Americano do Canadá 2022; prata no Mundial de Baku 2022.

• Nascimento: 23/02/1982, Santo Antônio (RN)
• Categoria: Até 50kg
• História: Tem nanismo. Começou no halterofilismo em 2011, oito anos após receber um convite de atleta da associação em que iniciou seus treinos. Trabalhou como representante comercial de empresas de cosméticos, empregada doméstica e babá.
• Principais conquistas: Prata na categoria até 50kg nos Jogos Parapan-Americanos de Santiago 2023; ouro na Copa do Mundo de Dubai em 2022; ouro no Open das Américas de Saint Louis, nos EUA, em 2022; ouro nos Jogos Parapan-Americanos de Toronto 2015.

Geovana Clara Costa de Moura

Geovana Clara Costa de Moura defende a seleção brasileira de goalball — Foto: Alessandra Cabral/CPB

• Nascimento: 23/06/1999, Natal (RN)
• Classe: B2
• Posição: Ala
• História: Nasceu com catarata. Conheceu o goalball em 2013 por meio de um amigo. Começou a competir em 2014. Em 2016, conseguiu a primeira convocação para a seleção brasileira adulta. No fim do ciclo de Tóquio 2020, a maternidade a afastou das quadras temporariamente. Voltou em seguida aos Jogos a ser chamada para as fases de treinamentos da Seleção.
• Principais conquistas: Bronze no Mundial de Jovens na Hungria, em 2017.

Romário Diego Marques

• Nascimento: 20/07/1989, Natal (RN)
• Classe: B1
• Posição: Ala/pivô
• História: Aos oito anos de idade, Romário já havia perdido sua visão, em consequência de uma retinose pigmentar. Chegou a praticar judô antes de conhecer a modalidade em 2005. Foi convocado para a seleção brasileira pela primeira vez em 2006.
• Principais conquistas: Ouro nos Jogos Paralímpicos de Tóquio 2020 e bronze nos Jogos do Rio 2016; ouro no Campeonato das Américas 2022; tetracampeão nos Jogos Parapan-Americanos (Santiago 2023, Lima 2019, Toronto 2015 e Guadalajara 2011); e tricampeão mundial (Portugal 2022, Malmö 2018 e Finlândia 2014).

Adriana Gomes de Azevedo

• Nascimento: 06/04/1978, Natal (RN)
• Classe: KL1
• História: Adriana teve poliomielite aos 11 meses de vida. Com menos de 2 anos, começou a nadar. Aos 18, começou a competir pela natação. Aos 32 anos, recebeu o diagnóstico de Síndrome PósPoliomielite, que causa degeneração muscular. Em 2016, buscou na paracanoagem um novo estímulo para continuar no esporte.
• Principais conquistas: Bronze no caiaque no Parapan-Americano em Halifax 2022; vice-campeã sul-americana em 2017.

Cecília Kethlen Jeronimo de Araújo

Cecília de Araújo foi prata nos 50m nado livre na classe S8 em Tóquio 2021 — Foto: Alê Cabral CPB

• Nascimento: 13/10/1998, Natal (RN)
• Classe: S8
• História: Cecília teve paralisia cerebral no momento de seu nascimento, o que limita os seus movimentos. Como forma de fisioterapia, conheceu a natação e se apaixonou pelo esporte.
• Principais conquistas: Ouro nos 50m livre, 400m livre, e nos revezamentos 4x100m medley 34 pontos e 4x100m livre 34 pontos, prata nos 100m costas, 100m borboleta e 200m medley, além do bronze nos 100m livre, nos Jogos Parapan-Americanos de Santiago 2023; ouro nos 50m e 100m livre e bronze nos 400m livre e nos revezamentos 4x100m medley e 4x100m medley no Mundial de Manchester 2023; ouro nos 50m livre e bronze nos 100m livre no Mundial da Ilha da Madeira 2022; prata nos 50m livre nos Jogos Paralímpicos de Tóquio 2020; prata nos 50m livre no Mundial de Londres 2019; ouro nos 50m, 100m livre e 400m livre, 100m borboleta, prata no revezamento 4x100m medley e bronze nos 100m costas e no revezamento 4x100m livre nos Jogos Parapan-Americanos de Lima 2019; ouro nos 50m livre e prata nos 100m livre no Campeonato Mundial de natação no México em 2017; duas medalhas de bronze nos 50m livre e 100m livre nos Jogos Parapan-Americanos de Toronto 2015.

Fonte G1RN